Colaborar e compartilhar são mais do que meras tendências do século XXI. Elas chegam para colocar os rumos da economia no caminho certo e reduzir os constantes exageros consumistas que nortearam os anos anteriores. A economia colaborativa impulsiona o compartilhamento e evita o desperdício, logo prioriza-se o uso em vez da posse.
Essa mudança no mercado é nítida. A Uber não possui a própria frota de automóveis, e a Airbnb não é dona de sequer uma cama para você passar a noite — tudo é terceirizado. O patrimônio destas empresas são seus colaboradores. A colaboração percorre todas as partes do negócio, desde a fase preliminar até o pós-venda com o feedback ranqueando e informando o consumidor a respeito da melhor escolha.
Nota-se, assim, que a economia colaborativa não serviu somente para repensar a forma de relacionamento da indústria, mas também toda a interação entre a comunidade de consumidores. Pensando nisso, vamos apresentar 6 benefícios da economia colaborativa!
Imagine uma sede empresarial e todos os gastos fixos com o imóvel. Coloque na planilha ainda os custos que surgem de surpresa, como um ar-condicionado quebrado ou aquele aumento no IPTU vindo em péssima hora. Tudo isso motiva os empreendedores a optarem por soluções mais baratas advindas da economia colaborativa, como é o caso dos escritórios compartilhados (coworking).
Os problemas do cenário descrito anteriormente somem quando a solução passa pelo aluguel de uma hot desk ou de uma sala privada. Menor gasto vira sinônimo de mais dinheiro para investir, ou seja, o compartilhamento nos negócios acaba sendo uma estratégia de sobrevivência para muitas empresas que graças a essas novidades podem operar financeiramente de forma saudável, mas que em tempos antigos nem sequer sairiam do papel.
Adentrar na economia colaborativa significa também alinhar as atitudes com as boas práticas de sustentabilidade. O desperdício provocado por hábitos do passado não possui espaço para ser replicado na nova conjuntura do mercado, pois além do prejuízo financeiro, isso se mostra uma atitude pouco inteligente de grandes líderes e empresas que buscam ser referências para a sociedade.
Um empreendedor gera empregos e move a economia, portanto sua função social não tem por característica a omissão. É de sua responsabilidade exercer e fomentar a conscientização para evitar possíveis danos ao meio ambiente.
É preciso fazer a diferença. Afinal de contas, as ações atuais pesarão na interpretação que as novas gerações terão a respeito do comportamento dos atuais agentes da sociedade. Seja uma companhia empresarial ou o poder público, ninguém pode fugir do compromisso de dar o seu melhor para a nossa harmonia com a natureza.
Um dos mais enriquecedores benefícios de utilizar ferramentas e serviços compartilhados é a possibilidade de conhecer novas pessoas e prospectar novos negócios. Um indivíduo que usufrui da hospedagem de um quarto na Airbnb tem o potencial de construir um relacionamento quase familiar com os seus anfitriões.
A atualização profissional pede como requisito a interação com outros profissionais de igual ou melhor calibre. Novas experiências podem ser compartilhadas e todo um conhecimento transdisciplinar vem a ser trocado quando temos a reunião de profissionais diversos. Atualizar-se e incentivar a versatilidade soam como a fórmula ideal.
Não é exagero afirmar que indústrias inteiras estão surgindo graças à economia colaborativa. O crowdfunding praticamente só foi possível devido a este paradigma. Ocorre, inclusive, um efeito dominó, pois estimula e amplia as possibilidades de outras ocupações que constroem uma identidade dentro do cenário colaborativo.
A carreira de freelancer é uma das que se beneficiou muito com a economia atual. Fotógrafos, ilustradores, redatores, arquitetos conseguem encher a agenda de trabalho permanecendo como autônomos. Motoristas de aplicativos são alguns dos que viram a atividade nascer por conta da ascensão do compartilhamento. Um ritmo de inovação como este beneficia toda a sociedade e inspira o empreendedorismo.
Na colaboração, a união faz a força. Todo modelo centralizador é cercado de falhas, não incentiva a interação e coordena na maioria das vezes com pretensão, vangloriando-se pelos acertos e punindo, sem chance a argumentos, pelos erros. Descentralizar é distribuir responsabilidades e resgatar o foco.
Nossas relações estão muito mais ágeis e assim também o mercado. Uma startup com profissionais focados em entregar aquilo que justifica a crença em suas habilidades larga na frente. Todo o aglomerado inútil de tarefas que servem só para inflar a gestão do negócio pode comprometer o bom profissional — um talento promissor pode cair na armadilha de virar um gerente mediano. Neste caso, pesquisar e avaliar a implantação da automação ou da terceirização podem valer mais a pena, pelo menos em determinadas situações.
O vigor físico não é o mesmo para todos. Pessoas com mais idade podem ter na economia colaborativa ganhos cruciais para a longevidade de suas vidas profissionais. Sem falar na importância de toda a experiência acumulada por estas pessoas que ainda podem fazer a diferença compartilhando seu conhecimento.
A oferta e demanda mostram como a adaptação à economia colaborativa é bastante natural, captando interessados e entregando ativos humanos ao mercado.
Conheça alguns exemplos:
O mundo parece ter acordado para as reais motivações de nossas vidas. As experiências — não os bens materiais — são o que levamos para a eternidade.
“A felicidade só é real quando é compartilhada” (Christopher McCandless)
O mundo dos negócios não deve ser encarado como um ambiente paralelo ao pessoal, ele deve estar em sinergia com nossas aspirações e costumes do dia a dia. Todos ganham com isto e são levados a replicar o bom convívio no lar e no trabalho. A economia colaborativa transcende nossas expectativas, nos dá lições de humanidade e promove o crescimento da sociedade tanto no nível político quanto econômico.
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